quarta-feira, 12 de março de 2008

4 - Tédio

Que tédio!
Não, não vou falar do avião da TAM, já tem muita gente melhor que eu escrevendo sobre o acidente; e sim do tédio, do silêncio, das saudades dos colegas de trabalho.
Aqui, deste lado de cá da biblioteca, estamos eu, vulgo Let’s, a Edla Marie (Maria é pros pobres) e a companheira Regina. A minha mesa fica numa ponta da sala e as duas lá, bem lá longe do outro lado. Só escuto um burburinho da conversa entre as duas e o barulho dos meus cliques e das teclas teclando o teclados.
Que marasmo está aqui!
Por incrível que possa parecer, estou sentindo falta do telefone berrando para a Emily e da músiquinha do seu celular. Há dias não escuto; “TIA SUMAYA!!!” “ALÔ, ALÔ DÁ PRA FALAR MAIS ALTO?”. “AINDA CHOVE NO MEU APARTAMENTO!”. “O SENHOR AINDA NÃO MANDOU A COTAÇÃO”.
Estou sem a minha companheira de café para falar do Jack Bauer (lindo e porreta); trocar figurinhas sobre filmes; para saber as últimas notícias do uol.com.br, do estadao.com.br e outros pontocompontobr....
A Vila, mesmo silenciosa e falando baixinho, ainda produz algumas ondas sonoras.
Da Célia vem o barulho da impressora, principalmente quando as etiquetas “engastalham no rolo da impressora” (#@$&*$*#*#!!!!*&!); o som metálico da tesoura sendo colocada na mesa e o infinheki da fita transparente (durex é pros pobres)
Falta também a Eliana dando os últimos informes dos babados lá de baixo: diretoria, tesouraria, compras e afins.
Até o Katinsky sumiu! Sinto falta do seu bordão: “Ah Rá! Tá todo mundo conversando! Cadê a chefa?”. Até tu, Brutus! Nos abandonou.
E os puxa-sacos? Onde estão? Tô de diretora há 9 dias e ninguém me deu nada, nem um bolinho, uma bolachinha, um pão de queijo, um chazinho, nadinha....
Será que já se acostumaram com o meu estilo light de chefia? Será que terei de endurecer, sin perde la ternura? Esta é a primeira crônica que não termina com a frase: “e fomos comer bolo para comemorar” Fim xôxo, não?
18.07.2007

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