quarta-feira, 12 de março de 2008

15 - Super Vila contra o malvado Mario Bross

Era uma vez a Vila (e o Betinho também). Não se pode falar de um sem falar do outro.
Vila-e-Betinho, Betinho-e-Vila, dois em um, um em dois, vice-versa ou versa-vice, dá no mesmo. Mãe e filho, filho e mãe. Tão silencioso que às vezes, nem percebemos que os dois estão na sala. Por acaso, você já escutou o Betinho falando bom dia? Ou mesmo a voz dele? Eu também não.
Foi numa dessas manhãs frias de primavera-inverno-verão paulistano, que escutamos um GLUF, POF! Um barulho de alguma coisa engolindo alguma outra coisa, mas não demos bola, e os micros travaram, até aqui, tudo normal.
Eu, impaciente, apertei o botão e pof, desliguei e religuei o micro na marra, Mony passou um anti-vírus, Emily afoita só perguntava:
- Gente! O que estava acontecendo? Olha aí o meu micro travou de novo!
O Rodison na sua baianice, foi dar uma voltinha, Edla só falava: geeenteee, maaais ooo queeee eestáá acoonteceeendooo??? E foi tomar um chazinho vermelinho
A Rejane deu um grito! Vila! Ô Vila! Cadê a Vila? E andando depressinha no seu passo apertadinho correu toda a biblioteca a procura da Vila e nada.
Foi aí que todos deram por falta da Vila e do Betinho ou Betinho e Vila? Tanto faz a ordem, pois não altera o produto.
A Vânia, que estava passando pela sala, parou, pôs as mãos nos bolsos da calça e falou na maior tranqüilidade. Vocês já perceberam que toda bibliotecária daqui é tranqüila?
- A Vila está dentro do micro! Olha ela lá! Está dando tiro no super Mario para salvar o Betinho.
Todos correram para frente da tela do super-avião-micro da Mony e foi um auê:
- Olha ela lá!
- Sai daí, Vila!
E lá ia a Vila pulando foguinhos, atirando em monstrinhos, ganhando e perdendo vidas, saltando pontes, correndo de espadas, facas e mais monstros.
(Um parêntese: para dar mais emoção, vocês leitores, imaginem em suas cabeças ou ouvidos aquela musiquinha chata de todo joguinho: tchun, tchun, tchun. Os mais velhos, que não conhecem essas musiquinhas lembrem-se da música do Canal 100, parará pá pá pá, pá, parará pá pá pá pá... que tá bom demais!. Fecha parênteses.)
Aí começamos a torcer pela Vila:
- Sobe! Desce! Não, não, mais para a direita, agora vira, para a esquerda! Esquerda, nããooo!
- Xiii, perdeu vida...
- Vai de novo, olha o monstro atrás!
Mas tínhamos que abreviar esta aventura, ajudá-la a salvar o Betinho e terminar esta estória logo! Mas como faríamos? Ninguém ali era bom nesses malditos jogos e corríamos o risco de matar a Vila antes do tempo.
Tínhamos que matar todos os monstrinhos de uma vez só. A Vila, pra lá de cansada, veio até a tela do micro, botou o carão na super tela do avião-micro e gritou:
- Só há uma maneira de vencer a todos, coloquem uma música mais insuportável que esta que está tocando.
Música? Mas qual? A Emily sugeriu Bethoveen, o Rodison a Betânia, a Lisely uma valsa, a Dina um pagode e assim ficamos discutindo qual seria a melhor ou pior música que a de um jogo de computador. Mas a Ira, santa Ira! Apareceu com o Cd É o Tchan. (disse que era da neta....huumm, sei não...) Foi uma gritaria e entusiasmo geral, salva de palmas, batidinhas nas costas da Ira, etc e tal...
Mony, mais que depressa colocou o Cd no seu super-avião-micro.
Nem monstrinho agüenta!
“Segura o tchan, amarra o tchan e tchan, tchan, tchan....”
Todos os monstros estatelaram-se no chão, as pontes pararam de se mexer, os jacarés serviram de pedras para saltar nos rios e a Vila pode chegar ao fim e salvar o Betinho das amarras do Super Mario Bross!
Os dois saíram de lá de dentro do micro, meio sujos e cansados, porém felizes.
(Acho que o Betinho levou uma bronca,mãe é mãe, né?)
E Ueba!!! Isso merece um bolinho com café e chazinho vermelinho.

Leticia 24/09/2002

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