quarta-feira, 12 de março de 2008

32 - Alien, o vigésimo pasageiro

TRUUUM, CRASH, TRASH, PUM PAM PAM.
- Quééé é isso...? gente? Perguntou a Rosilene, com a sobrancelha esquerda erguida em arco.
- Esse barulho vem da sala dos projetos, respondeu a Neusa.
A Rosilene foi até lá. Abriu a porta de-va-ga-ri- nho-o-o-.... e:
- AAAHHHH! Socorro! Tem um bicho enorme lá dentro! E fechou a porta correndinho. Neusa? O que a gente vai fazer?
A Neusa com aquele ar de mãe que ensina o filho a enfrentar a vida:
- A gente, não! Te vira, neguinha. Toma que o filho é teu.
- Mas, mas...
A Michely não acreditando muito e com aquele sorriso nos lábios que nunca sai de lá, disse um dexa que eu ver e entrou. GLUP! O monstro, um alien feito de tubos de projetos, a enguliu.
O Rômulo, na sua santa inocência, estava passando por ali :
- Hahaha, um monstro?aí dentro? Não é possível, hahaha.
Entrou e glup mais um para o estômago do monstrengo entubado
Aí veio o Kleber, tadinho... e a Rosilene esperta o solicitou com um jeitinho:
- Klébeerr, dá pra você entrar lá e matar esse monstro?
- Como assim? Matar como?
- Ah, sei lá. Dá uma direita, um pontapé, vocês homens é que sabem brigar, oras bolas.
E antes que ele respondesse um não, se é que ele é capaz disso, ela abriu a porta e jogou o Kleber lá dentro. Ele deu um grito estarrecedor, mas o bicho não comeu:
- Eu hein! Comer você? Muito magrinho, vai me dar indigestão. Fora daqui.
E o monstro jogou o Kleber de volta, que saiu com as perninhas tremendo e os olhos esbugalhados.
-Uai? Ele não te comeu não, é? Porqueee?? Huum esse monstro está me cheirando arte da Let’s.
- Foi você que me pediu outra estória...
- Mas não assim com um monstro. Eu queria uma coisa mais bucólica ou que nem a da Vila. Poxa vida, né? E fez cara de muxoxo.
Mas a Rosilene não se conformava e solicitou socorro:
- Cadê as bibliotecárias? Cadê a Eliana?
- Está na Maranhão
- A Vânia, a Edla, a Mony, a Dina, a Emily ?
- Ô Rosi... tem ninguém não, a metade abonou e a outra está de portaria, você só tem a Neusa.
- Você como autora é cruel demais. André! Cadê o André?
- Foi buscar o café.
- Então a Gislene..Gisleeneee!!
A Gislene com toda a sua calma se apresentou e disse:
- Vou tentar levar um lero com ele, mas acho que ele quer é você, Rosilene.
E não deu outra, a Gislene foi devorada pelo monstrengo.
Aí chegou o Cheng-noiva, todo de branco e entrou. A Rosilene ficou espreitando a porta, minutos se passaram e nada, nenhum barulho e o Cheng não saía de lá. Quando deu uma hora a nossa personagem principal não se conteve. Bateu na porta e o chamou:
- Cheng, você ainda está aí?
- Estou! Espera um pouquinho.
- Você não acha que está na hora de trabalhar? Já faz uma hora que estás aí dentro conversando e nada, qualé meu? Vamos trabalhar, né?
O Cheng saiu inteiro rindo que só e nos contou que o alien entubado é gente fina e adora a cultura oriental.
- Mas e aí? Esse monstro vai ficar aí para sempre? Eu não entro mais nesta sala, nããoo..
- Você, não sei, mas com certeza o André, a Araci e a Ira estão proibidos de entrar afinal, são eles que pegam o nosso precioso café.
- Qual é a sua Let’s?Você cria este alien entubado, mata todos os monitores, me deixa aqui sozinha para resolver este abacaxi e agora? Como você vai terminar esta estória?
- Calma, Rosilene, isto é ficção e como tudo é mentirinha, vamos fazer de conta que o bicho nunca existiu ou vomitou tudo de volta e estão todos vivos e inteiros. Acho que você não gostou muito desta aventura, mas foi o melhor que pude fazer. FIM!

TRUMM, TRASH, CRASH PAM PAM PUM. É o alien indo embora....


Letícia 8/10/2002

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