quarta-feira, 12 de março de 2008

8 - Sofia

Acho que já te contei que o dia que você nasceu foi inesquecível!
Tudo começou às 7 da manhã, quando você deu o sinal que queria sair da minha barriga, era a primeira contração, como dizem os médicos, que com o passar das horas foram aumentando e eu, que no início gemia às 4 da tarde urrava de dor. Até que às 18:08 h você veio ao mundo e senti o alívio i-nes-que-cí-vel!. E pensei:

- Pronto saiu. E agora que faço com isso?

O tempo passou, você foi crescendo e meus cabelos brancos também. Não preciso dizer o quanto você é importante na minha vida, quando grito: Sofia de Almeida Sampaio Ribeiroooo!!!, você sabe que só estou pedindo o seu carinho, as suas fofas mãos em meus cabelos e seus beijinhos. Lembra quando te ensinei a mexer no Orkut? E agora é você quem me ensina. E quando você me disse que estava precisando fazer novas amizades e eu perguntei se os 600 amigos do mensager e os 300 que tens no Orkut não bastavam? E respondeste que não. Morro de inveja deste seu dom de fazer amizades.

O que seria de mim se não tivesse quer lavar a louça que deixas na pia, arrumar a pilha de livros da sua escrivaninha, juntar todos os tênis espalhados pela casa, implorar que corte um pouco os cabelos, pedir a licença para usar o computador, ouvir todos os dias os discos do Rebelde e fazer promessas a Deus Nosso Senhor Jesus Cristo, a Nossa Senhora, São Longuinho e ao Santo Expedito que você passe de ano?

Aquela menina bochechudinha, sardentinha de olhos azuis, que batia o pé pedindo leite e pano mudou. Agora você é uma adolescente bochechudinha, sardentinha de olhos azuis que põe as mãos na cintura, bate o pé, e pede nuggets com coca-cola.


E aí me pergunto:

- E agora que faço com ela?

É difícil ser mãe, mas com você é divertido ser mãe. Começou com o médico que te trouxe ao mundo, o seu apelido de Faustão, já dá para imaginar como foi engraçado... A gente ri e dança, briga e faz as pazes, xinga e pede perdão, vamos ao cinema, exposições, feiras das vilas, você é a minha companheira, meu chaveirinho. E aí você pergunta:

- O que faço com essa mãe?

Agora, neste momento que estão lendo esta carta, você deve estar encolhida na cadeira, chorando e pensando:

- Ai que ridículo! Que mico! Tipo assim, minha mãe, falaaa sééérioo, meu. Nada haver. Isso é bizarro é tosco, aí meu Deus!

Mas fazer o quê? Esse é o meu jeito de te amar.

Te amo. Beijos e beijocas da sua crazy mamy

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