quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Tô sem tempo 2 – A saga sanguessuga.



A minha postagem Tô sem tempo, bombou! Foram 3 comentários, mais duas respostas minhas e mais dois comentários em outro blog. Uau!

Por isso resolvi dar aqui um exemplo da minha falta de tempo para viver.

No sábado levantei às 6h30min h. da matina, tomei café lendo o jornal, acordei a minha filha que tinha reposição de aula. Às 07h30min deixei-a na escola, voltei para casa e dei uma geral nos quartos. Às 9h fui buscá-la e larguei na aula de teatro; estacionei meu carro na garagem e fui ao dentista de metrô. Até Santana são uns quarenta minutos, pra ser atendida por 30 minutos. Ou seja, levo mais tempo indo e vindo...

Chegando a casa dei um gás na lavagem das roupas e às 13h peguei a minha filha. Almoçamos no Mac, aproveitei que estava perto da Rebouças e fomos numa loja de móveis fazer orçamento para dar um upgrade na minha sala: rack, estante para livros e discos e uma mesa para o computador. Graças a Deus esqueci o cartão na outra bolsa, senão tinha saído de lá com uma dívida de seis mil reais em 10 vezes. “Só R$ 600,00 por mês...” disse-me a vendedora. Prometi sem falta voltar no domingo.
Saímos da loja corri para a Pompéia onde minha filha tinha um trabalho escolar na casa da amiga. Em casa fiquei fazendo os cálculos para ver se caberiam os móveis e principalmente se caberiam em meu bolso. Conclusão: não dá, é claro.

Por sorte a Sofia (a filha) voltou de carona, pedimos uma pizza que ninguém é de ferro, lavei a louça. Mas ainda tinha uma balada que a mãetorista tinha que levar e de gorjeta tinha que pegar um amigo no caminho. E às 9h. da noite lá fui eu largar a minha frasqueirinha no barzinho. Na volta pensei comigo: mereço relaxar...vou assistir algum filme na TV paga. Filme? Qual nada! Apaguei no primeiro bloco. Às 11h. definitivamente recolhi-me aos meus aposentos.

Domingo. Dia de descanso. Para você não sei, mas para mim...Bom, a Sofia tinha um encontro às 9h. no Butantã com seu grupo de trabalho do curso de modelo, então lá foi a mãetorista, depois do seu ritual matutino: café+jornal+banho e para isso tem que levantar 2h antes. Façam os cálculos!
No retorno, passei no supermercado, ao chegar na garagem, descubro que está faltando luz então, aproveito para fazer a feira que é na minha rua. Subi oito andares com as verduras e os pacotes de geladeira. Não sei porque comecei a limpar meu armário, o bufê da sala e o armário da Sofia e quando lembrei que precisava almoçar ela liga: Mãe pode vir me buscar...
Fui.
Mas ela tinha um almoço de aniversário. Da Vital Brasil subo a Rebouças entro na Santos, viro aqui, viro ali e conversa vai conversa vem... entro na Angélica e digo: Bom estamos na Angélica qual é o número?
- Mãe! Quem disse Angélica? É Apinagés!
- Caracas! Você não viu o caminho que eu estava fazendo? Porque não disse logo?
É a minha maldita surdez! Entro na primeira direita, vou dar atrás do cemitério da Consolação, subo a rua de mesmo nome, Av. Dr. Arnaldo, Afonso Bovero e ufa, largo a dita cuja na Apinagés.
Volto pra casa, subo os oito andares e já eram duas da tarde e ainda não tinha almoçado. Comi qualquer coisa que nem lembro, arrumo a bagunça dos armários que eu mesma tinha feito. Lavo a louça, lavo o banheiro, passo aspirador, toca o telefone: Mããee vem me buscar????
- Não.
Entre lavar a cozinha e fazer uma puta salada pro jantar, optei por este último. Afinal a minha filha que quer ser atriz e modelo fotográfico está precisando de uma força no regime. Lavei o alface, o agrião, piquei o tomate, raspei e cortei as cenouras, cozinhei várias batatas, reguei-as com azeite e salsinha, cortei uma sardinhas, arrumei a mesa.
Quando ela chegou -voltou a pé- chamei para o super jantar, que fiz com amor e carinho e dor nas costas...! Sentou comeu duas folhas de alface e levantou dizendo que estava sem fome. Foi dormir.
E a mãetoristafaxineiracozinheiralavadeirabestaquesóela foi buscar o resto das compras no porta-malas do carro, a luz tinha voltado! Guardei as compras E fui dormir moída. No dia seguinte não seria apenas a bibliotecária duas em uma, mas isso explico em outra crônica.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Oração à Emily




Emily que estais no céu
Perdoai-me se um dia te ofendi,
Não foi por mal.
Quando dizia ser sua herdeira
Era porque tínhamos muito em comum:
Surdez, perder o carro no estacionamento,
Fazer processamento e ter parentes no Vale Paraíba.

Ò Emily que estais aí, sentada ao lado direito,
Do criador do céu e da terra,
Do homem e da mulher,
Mandai-me um marido abastado,
Porque aqui embaixo
Andam dizendo que nem disso, sou capaz! Calúnias...
(mas pra falar a verdade, quem diz não vale um tostão de mel coado)

Ò amiga que estais no céu,
Vendo tudo o que se passa por aqui,
Daí-me uma luz!
Ajudai-me com essa tal FAPESP!
Apontai-me o caminho,
Mandai um sinal de como preencher as planilhas.
Onde encontro os números certos.
Fazei com que o Setor Financeiro
Me diga quanto de dinheiro nós temos!

Aproveitando esta oração...
Sussurrai a senha do banco para a sua família.

Amém.