quarta-feira, 12 de março de 2008

21 - MONY! Me proteja, amém

- Eu já disse, tô fora!
- Tá fora nada, todos já ganharam as suas crônicas e aventuras, porque você a rainha hilária- Clinton ficaria de fora? Nananina não! Sei que corro um sério risco de vida, mas sou ariana e adoro mexer com fogo, principalmente se fôr de uma sargitária.
É ruim, hein? Imagine se não vou contar o que vi e vivi ao seu lado?
Certo dia de sol, chuva, calor e frio paulistano, cheguei à biblioteca, mais especificamente à minha mesa e vi a Rejane confabulando com a sua querida caveira:
- To be or not to be bibliotecária? That’s the question. Meu querido pepê, (apelido do seu Santo Expedito) preciso de grana!
Assisti àquela cena mas não dei um pio, me finji de morta, que não vi e nem escutei nada, afinal, para se falar com a Rejane, antes precisamos saber qual é a fase da lua em que se encontra, que são as seguintes:
Lua cheia: quando está de saco cheio de todo mundo, não olha pra sua cara e nem ao menos lhe diz bom dia.
Lua minguante: quando ela te diz oi, pela manhã.
Lua crescente: quando dá bom dia e durante o dia fala apenas o necessário.
Lua nova: quando dá bom dia, fala um pouco mais, te convida para um café e pode até fazer uma piada com você.
Neste dia percebi logo que era a fase da lua cheia:
Dei-lhe um bom dia e ela respondeu hum, observem que é apenas um “hum” e não “hum, hum”, ou seja dois “huns” . Em seguida arrumou a mesa e no seu passo apressadinho e apertadinho se mandou para o acervo.
Mas eu precisava falar com ela e fiquei matutando como chegar sem levar uma chamuscada. Chamo-a de Re? Reja? Ou Rejane? É melhor o nome certo... bom até aqui tudo bem, e depois? Como falar o que tenho a dizer? Ai meu Deus! Ô Santo Expedito me ajude! O dia foi passando e eu ficando com aquilo na garganta.
À tarde, convidou a Célia para tomar um café, chamou o Rodison de Rodi, a Mônica de Monyy, Edla de Edlaaa, Vila de Vilaaa, assim com a última sílaba acentuada, percebi então, que já estava mudando de fase, indo para a lua nova. Suspirei fundo e tomei coragem, imprimi esta crônica e entreguei a ela.
Agora só me resta rezar a todos os santos para não sair daqui, chamuscada, triturada, massacrada.
- Monyyyyy!!! Me proteja!


Letícia 7/10/2002

Nenhum comentário: